15 de abr. de 2011

H4_C4_V1_1_FIM02

Aquela acusação realmente falou fundo dentro de mim. Graças à mágoa profunda, fui tomado por desprezo e raiva de João. O safado, para se salvar, seria capaz de me amndar para a cadeira elétrica... Foi com muita frieza que assisti a execução do infeliz. Como poderia, alegar que eu matei meu próprio irmão. E ainda, pasmem, sem nem mesmo estar presente no local do crime. Até parece, naquele momento eu estava... eu estava... hã... não me lembro bem onde eu estava. Mas com certeza, não fora eu o culpado. Virei as costas para ir embora.
Em uma fração de segundos, até fui acometido por uma remota lembrança daquele dia. Um lampejo de memória, um flash brilhante da ponta de um revólver, um grito de dor, uma frase balbuciada e um baque surdo no chão. Nada muito claro.
Não conseguia lembrar qual fora a frase, mas não importava. Provavelmente fora apenas um sonho, do qual lembrei graças às acusações de João.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.