Tentei desesperadamente correr e fugir para um lugar no qual eu pudesse me esconder. Porém, em vão. Assim que fiz a menção de deslocar-me, um homem jovem, não muito mais velho que meu falecido irmão entrara no quarto. Assim que me viu perguntou quem eu era, e o que estivera fazendo ali, visto que nunca havíamos nos encontrado. Disse, então, que era o novo jardineiro. Uma péssima decisão, ele não aturava mentiras. Era ele o Serial. Denunciou-se no exato momento em que sacara uma arma e disse que não tinha contratado nenhum jardineiro. Não outra opção, rendi-me. E enquanto ele se aproximava, percebi como havia abandonado a cautela ao ir até a casa sem nenhuma proteção de fogo. Olhei para ele, tinha uma corda, ia me amarrar. Não pensei, era mais forte parti pra cima e ignorei a mira da arma, acertei um soco na cara do homem, que ao cair puxara o gatilho em minha direção, atingindo minha perna e deixando-me caído ao chão. Minha visão escurecera e achei que fora minha última visão. Mas, acordei. Era o jardim mais lindo que já tinha visto, mas assim que assimilei a imagem, tomei uma coronhada na cabeça, e homem tinha a câmera e a arma em minha direção. Depois de uma discussão intensa, e de eu estar muito ferido, comecei a implorar pela morte rápida. Ao ouvir isso, ficara satisfeito e disse: “ Seu irmão foi dificil, era um muleque durão, sabia se defender. Admirava ele, e sabia que um dia você descobriria e viria atrás de mim. Ele tinha tudo, tudo o que queria. Era isso que eu não suportava. E todos os que têm tudo pagarão pelas minhas mãos. Diga Adeus à vida. Mande lembranças ao Victor. Fica muito melhor morto.” Quer dizer que enfim descobrira a verdade, mas ele ficaria impune. Não havia chance de eu me salvar. Ele atirou, senti um impacto no peito, uma dor lacerante me abatera, iria perder os sentidos, sabia disso. Minha visão escureceu, era o fim.
João Pedro Vieira Martins
nº 14; Turma: 2004
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